terça-feira, 14 de agosto de 2012

Aula 15/08 (Turma: H-6)

Leia a crítica abaixo. A seguir, responda às questões


Crítica : BATMAN O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE
Os excessos de Nolan
Publicado em 29/07/2012 - 5:38 por Pedro Martins Freire


Estruturado em uma história complexa, desnecessariamente longa e com excesso de temas, ação e personagens centrais, Batman – o Cavaleiro das Trevas Ressurge não chega a ser um bom filme


Batman – o Cavaleiro das Trevas Ressurge, o filme de Christopher Nolan que encerra a trilogia dedicada ao Homem-Morcego criado por Bob Kane (1915-98) em 27 de maio de 1939, recebeu nada menos de 92% de aprovação da crítica estadunidense, expressada por 37 análises positivas, 6 mistas e duas negativas do site Metacrítica; e das 255 compiladas pelo site Rotten Tomatoes, 220 positivas e apenas 35 negativas – 86% de aprovação. Na avaliação do público, segundo o site, 93% da plateia que viu o filme o aprovou.
Sem me deixar influenciar pelas estatísticas, polêmicas e eventos trágicos que se seguiram ao lançamento da película nos EUA, conferi Batman – o Cavaleiro das Trevas Ressurge em uma sessão fechada, a qual me credenciou a uma tranquila avaliação da obra de mister Nolan sem a influência do público ou de companheiros de profissão. E o filme me decepcionou, por vários motivos.
A primeira constatação é de que Nolan quis encerrar a trilogia com uma obra épica, no sentido de grandeza, enfocando e aliando vários temas em só história. Aí ele cometeu o seu grande erro, o maior dos excessos. Essa questão referente ao tempo de duração, aparentemente irrelevante, posta-se, no entanto, como fundamental. Em Batman Begins, Nolan deu o seu recado em 2h20 minutos; e em O Cavaleiro das trevas, chegou a 2h32 minutos. Em ambos, a longa duração flui como um rio tranquilo.
Em 2h46 minutos Batman – o Cavaleiro das Trevas Ressurge mostra-se como um filme “inchado”. A complexa história armada por Nolan com a colaboração de seu irmão Jonathan e o roteirista David S. Goyer preocupa-se muito com a ação e não tem tempo suficiente para desenvolver a contento os diversos temas pelos quais perpassa através de vários gêneros e, principalmente, pela dramaticidade, o elemento de sustentação da narrativa.
Em sua estrutura, o roteiro agrega o exílio voluntário de Bruce Wayne (Christian Bale) e seu drama pessoal, a motivação de sua ausência como Batman; o surgimento de uma ladra, Selina Kyle (Anne Hathaway), que depois se assume como a Mulher-Gato; um vilão com uma máscara de ar chamado Bane (Tom Hardy) e seu plano para desmoronar a democrática sociedade de Gotham City, transformando-a em um caos que a remete ao passado das barbáries humanas; a luta do Comissário Gordon (Gary Oldman) para organizar uma polícia esfacelada; a coragem e a integridade do detetive John Blake (Joseph Gordon-Levitt) e o seu empenho em vasculhar a vida de Bruce Wayne (...).
Concluindo, Batman – o Cavaleiro das Trevas Ressurge não é um filme ruim, mas tem sérios problemas estruturais. E vejo como lamentável que tenha resultado em uma obra tão irregular, repleta de boas ideias, mas que tenha falhado justamente em sua estrutura dramática, preterida pelo excesso em tudo aquilo que contém – de temas, gêneros, personagens centrais e de uma ação incessante (e para lá de barulhenta), que poderá agradar aos fãs do herói, mas sinceramente não sei se capaz de contentar a todos, principalmente aqueles mais exigentes.



Questões

1) Para que serve o gênero textual crítica?
2) Quem pode escrever uma crítica?
3) Sobre a crítica lida, comente o ponto de vista do crítico.
4) Como é possível saber a opinião do crítico do filme? Retire argumentos do texto que comprovem sua resposta.
Responda em seu caderno!

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